Quem Perdeu Esse Cão Corredor?

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(...) Mais de uma vez, tive que pedir desculpas, às pessoas que se assustaram, dizendo sem parar de correr: "O bicho não é meu... Ele está me seguindo!" (...)

Runner, O Cão Corredor está um pouco magro... Vai ver que ele é queniano!... 

Quem Perdeu Esse Cão Corredor?

Amigos!

Domingo, 15-05-216.

Foi por volta das seis da tarde que eu seguia meu treino de corrida passando pela Penha, em frente ao Supermercado Prezunic, a 400 metros do Hospital Getúlio Vargas. O trânsito começava a ficar intenso na Rua Bento Cardoso e eu optei a correr nas calçadas pouco habitadas, daquele trecho. Foi quando surgiu um cachorro atrás de mim e eu dei um pulo para proteger meus calcanhares. Logo vi que o bicho era manso e estava apenas brincando. Não dei muita bola para a inconveniência canina e segui meu rumo, deixando-o para trás. Mas o danado me seguiu e ressurgiu ao meu lado, como se eu fosse o seu dono. Deu pra ver que o animal tinha boa saúde e, provavelmente, um dono. Seguimos cerca de 50 metros, até que eu parei para atravessar a rua e subir o viaduto. Quando o vira-lata de pelos brancos com manchas escuras percebeu meu desvio, eu lhe disse um "Tchau, camarada!", mas ele me olhou com sua cara preta e carente e atravessou a rua ao meu lado. Parei o treino e pensei: "O que fazer?... Não vai dar para eu subir o viaduto com 'esse cara' na minha cola." Abaixei-me para tentar "explicar" isso a ele que achou que eu estava fazendo festa, mordendo minha mão sem machucar e sacudindo seu cotoco de rabo... "E agora... O que fazer?..." - pensei de novo, mas respondi prontamente dizendo para o cão: "Quer correr, então vem!"

No impulso, eu subi o viaduto curvo ao lado do cão corredor, mas logo pensei que o estaria levando para outro bairro onde ele poderia se perder e resolvi voltar. Retornamos correndo até o ponto onde ele apareceu. Entrei na Rua Bento Cardoso para encontrar seu dono, mas ninguém reconhecia o animal. O bicho não queria desgrudar de mim e, sem coragem de espantá-lo, decidi levá-lo para casa. Correríamos mais uns cinco quilômetros até Irajá, a não ser que o Runner (foi esse o apelido que eu lhe dei) desistisse da missão... Mas que nada!... O cão corredor estava é se divertindo!

Fiquei admirado com sua inteligência e obediência durante o trajeto. Toda vez que ele se afastava, eu gritava: "Runner, pra cá!" e ele vinha. Não esqueci de parar para que ele bebesse água. Mais de uma vez, tive que pedir desculpas, às pessoas que se assustaram, dizendo sem parar de correr: "O bicho não é meu... Ele está me seguindo!"

Eu não sei o que o Runner viu em mim, para me seguir, me obedecer e se esparramar atrás do portão da minha casa, como fosse sua. Fico pensando no seu dono - se é que ele tem um... Postei sua foto no Facebook para ver se o dono aparece. Caso não apareça, o que é muito provável, ele fica disponível para adoção... Alguém aí está precisando de uma companhia para correr?

Abraço!
Bira.



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