Buenos Aires Maraton I - A Conexão de 5h.

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Amigos!

Pouco antes das seis da manhã não é possível avistar São Paulo da janela do avião. A cidade foi encoberta por um imenso tapete de nuvens que reflete os primeiros raios solares, lembrando pele de ovelha. Do lado de cima daquele manto, o céu é azul claro e o sol emite raios amarelados que se esgueiram entre nuvens distantes. Minutos depois, a nave perde altura na intenção de pousar e transpassa a barreira turbulenta de nuvens. Sob o tapete, o céu então se acinzenta e a cidade se revela, embebida de orvalho, no Aeroporto de Guarulhos. Não faz frio, mas a sexta-feira promete chuva na Terra da Garoa.

A noite passou e eu não dormi. O vôo noturno obrigou-me a chegar no Aeroporto do Galeão antes das três da manhã. Agora, em Guarulhos, devo aguardar infinitas cinco horas para trocar de avião e seguir para Buenos Aires... Paciência. Deito a bagagem no carrinho, relaxo o corpo sobre a poltrona de aço e escrevo. O cheiro dos folhados não me desperta fome naquela manhã. Preferiria comer uma fruta e pão francês crocante com manteiga. No lugar de café, um suco. Mas nem tenho pressa de procurar isso agora.

Nesta véspera de feriadão (08/10) o terminal está movimentado. Uma onda de sono faz meus olhos cerrarem e as mãos pararem de escrever. Antes que a caneta caia, acordo, mas não abro os olhos – brinco de tentar visualizar o panorama no terminal. De olhos cerrados ouço as rodas dos carrinhos e das malas deslizarem no chão de granito. O espocar dos saltos de sapatos femininos marcando o ritmo de conversas contidas. Sinto que vou dormir e, por segurança, jogo as pernas sobre a bagagem.

O sono vem e interrompe este relato...

Abraços!

Bira
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