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Amigos!

Entre uma meia maratona e outra, inscrevi-me para correr mais uma prova de 10K no Aterro, a Corrida de Inverno Adidas. Já devo ter dito aqui que, depois do Circuito Vênus - onde só correm mulheres - o Circuito Adidas faz as provas mais bonitas do ano, uma para cada estação. Mais belas e mais populosas, desta vez tinha umas 12 mil pessoas.

Pela primeira vez, a organização da prova reservou uma área, próxima da linha de largada, denominada Pelotão Kênia para os atletas com tempo inferior a 45 minutos, nos 10K e eu estava lá. A excelente idéia, além de evitar os esbarrões com atletas lentos que teimam em largar na frente, melhorou o rítmo de largada, influenciando em toda corrida. Resultado: completei os 10K em 41:44.42, meu segundo melhor tempo até aqui, apesar dos meus treinos estarem voltados para meia maratona, uma prova mais lenta.



Dia da Prova


Em 25 de julho de 2009 o sol brotou atrás de nuvens cinzentas e ameaçadoras. Estava um pouco frio. "Bom pra correr", pensei - desde que não chovesse. Não choveu propriamente - só uns pinguinhos durante a corrida - depois foi ficando mais claro. No fim da prova, brechas de nuvens deixavam escapar um tímido, mas crescente, mormaço.

Fui conferir o resultado na internet e constatei que cheguei no top-five da minha categoria. Busquei mais um pouquinho, vendo o tempo demais e coloquei abaixo os 10 melhores da turma entre 50 e 54 anos.

Fui o quinto colocado, confiram:

1º Paulo Sergio Bentes Soares,
EQUIPE GOLDEN COSS, 36:17.70
(!)

2º José Raimundo do Nascimento,
EQUIPE ASS. ATL. GERDAU,
40:44.65.










3º Cosme Rocha Conceição,
EQUIPE ALBERTO CAMPOS,
40:52.25.


4º Marcelo Krieger,
EQUIPE ESTAÇÃO DO CORPO,
41:01:25.














5º Ubiracy Rufino Rezende,
SEM EQUIPE,
41:44:42.


6º Adair José Gonçalves,
EQUIPE GOLDEN CROSS,
42:13.62.












7ºJosé Claudio Cardozo,
EQUIPE TURMA DA QUINTA,
42:13.62.

8º João Pirassununga,
SEM EQUIPE,
43:05:80.













9º Antonio Carlos de Souza,
EQUIPE NR-PRO,
43:32.05.


10º Eduardo Nagib Gaui,
SEM EQIPE,
43:52.10.















Como se pode ver, meu tempo ficou apenas 1 minuto acima do segundo colocado - mais um pouco de empenho eu chego lá... tudo bem!... mas, daí a querer correr no mesmo pace do Paulo Sergio (1º colocado com 36:17.70) é delírio!

Abraços!

Bira
Amigos!


Até aqui eu não corri para superar ninguém, senão eu mesmo. Quem tem cinquenta anos e pratica esporte, já se sente um campeão. Mas o desejo de melhorar meus tempos é o combustível do dia-a-dia: treinar na chuva, sol, frio ou calor. Agora que estou migrando das corridas de 10k para as provas de "meia", meu foco é baixar o tempo na meia maratona.

E olha que eu comecei bem!... fui o 17º na categoria 50/54 anos, em minha primeira meia. Sei que posso fazer melhor. A falta de experiência nesta distância (21,094 Km) atrapalhou. Em certos momentos, tive medo de aumentar o ritmo e depois "quebrar", aí me segurei.

Ainda farei a Corrida de inverno Adidas (10k, em 26/07) antes da Meia Maratona Internacional do Rio, em setembro.

Traçando estratégias, fui buscar o tempo e as fotos dos 20 primeiros colocados na minha turma dos cinquentões. Concluí que, se eu estivesse tinindo, poderia ter chegado no máximo entre os oito primeiros... Esses caras, mesmo que dispersos no meio da garotada, correm muuuuito!

vejam o tempo e a pinta dos coroas:






1º COLOCADO (50/54 ANOS)


PEDRO MADALENO
TEMPO: 1:19:57

EQUIPE: CHÃO DO ATERRO



... que tempo é esse!










2º COLOCADO (50/54 ANOS)

DANIEL ANDACHT
TEMPO: 1:27:07

.. o bicho é bom!















3º COLOCADO (50/54 ANOS)

EVILÁSIO DE BRITO
TEMPO: 1:27:28

... não encontrei a foto,

acho que o fotógrafo não conseguiu alcançá-lo!










4º COLOCADO (50/54 ANOS)

TULIO ROCHA
TEMPO: 1:27:21

... sem foto, também passou rápido!












5º COLOCADO (50/54 ANOS)

REINALDO FROTTE
TEMPO: 1:27:31
EQUIPE: FORNEIRA FROTTE

... quem chega junto?









6º COLOCADO (50/54 ANOS)

OSVALDO DOS SANTOS
TEMPO: 1:28:27
EQUIPE: CAIXA

... que tempo é esse!













7º COLOCADO (50/54 ANOS)

SEBASTIÃO DA SILVA
TEMPO: 1:30:05
EQUIPE: CAIXA

... observe a serenidade!












8º COLOCADO (50/54 ANOS)

ROBERTO PEREIRA
TEMPO: 1:31:24
EQUIPE: CORBAMA

... até parece que é fácil!














9º COLOCADO (50/54 ANOS)

JOEL DA SILVA
TEMPO: 1:31:34
EQUIPE: CEPE FUNDÃO
... cheio de estilo!













10º COLOCADO (50/54 ANOS)

ALEXANDRE ALMEIDA
TEMPO: 1:31:51
EQUIPE: NENHUMA

... quem disse que corredor não tem barriga?












11º COLOCADO (50/54 ANOS)

RONALDO DE OLIVEIRA
TEMPO: 1:32:23
EQUIPE: DCAXIAS

... força na passada!












12º COLOCADO (50/54 ANOS)

RUI MACHADO
TEMPO: 1:33:04
EQUIPE: ARCOLAGOS

... seguindo o ritmo!












13º COLOCADO (50/54 ANOS)

MARCELO KRIEGER
TEMPO: 1:33:27
EQUIPE: ESTAÇÃO DO CORPO


... cumprindo a meta!









14º COLOCADO (50/54 ANOS)

FRANCISCO CASTRO
TEMPO: 1:33:41
EQUIPE: NENHUMA

... respira que dá!












15º COLOCADO (50/54 ANOS)

HELIO GALHARDO
TEMPO: 1:34:44
EQUIPE: A CORUJA

... o primeiro da coruja!












16º COLOCADO (50/54 ANOS)

ANTÔNIO BARROS
TEMPO: 1:34:58
EQUIPE: NENHUMA

... bem na foto!















17º COLOCADO (50/54 ANOS)

UBIRACY REZENDE
TEMPO: 1:36:19
EQUIPE: NENHUMA

... a 1ª meia maratona a gente não esquece!











18º COLOCADO (50/54 ANOS)

MANOEL DA SILVA
TEMPO: 1:36:26
EQUIPE: GOLDEN CROSS

... vai que dá!










19º COLOCADO (50/54 ANOS)
LAZARO DA SILVA
TEMPO: 1:36:53

... se superando!












20º COLOCADO (50/54 ANOS)
JOÃO PIRASSUNUNGA
TEMPO: 1:37:02
EQUIPE: NENHUMA

... fechando o TOP-20!








Na meia internacional, "o buraco é mais embaixo", porque o nível melhora. Vamos ver no que vai dar!
Abraços!
Bira



Amigos!

Foi apenas um susto!... A fadiga que senti a poucos dias da prova, a tempestade que caiu na madrugada anterior à corrida, foi tudo um susto.

A dificuldade mesmo era estar na Praia do Pepê - Barra, antes de 6:30h daquele domingo. Graças ao meu amigo Carlão, não precisei pernoitar num hotel, às 5:30h ele me deu carona de Irajá ao Aterro, onde pegamos um táxi para o local da largada. Enquanto isso, amanhecia sem chuva, mas com céu nublado, névoa e aquele friozinho.






HORA DA LARGADA

Às 7:30h, pelo menos uns 6.000 corredores se posicionaram na avenida, entre os prédios de luxo e as ondas do mar. Pela frente, mais 21km de colírio para os olhos. Seria olhar, respirar e correr ou correr, respirar e olhar?... Seria olhar e não parar de correr ou respirar.

Não vou me ater em descrever as belezas do percurso. Escritores muito melhores do que eu, já descreveram este litoral. Apenas descrevo o itinerário, como fazem os ônibus, naquelas plaquetas sobre as janelas: PRAIA DO PEPÊ - SÃO CONRADO - AV. NIENMAYER - LEBLON - IPANEMA - COPACABANA - AV. PRINCESA ISABEL - BOTAFOGO - ATERRO DO FLAMENGO.







Como sempre otimista, projetei completar a prova em 1:34h, mas sabendo que seria difícil fazê-lo. A temperatura ajudou - não passou de 20º. Consegui manter o pace até o Posto 4 (Copacabana), depois tive uma queda de rendimento. Naquela hora, não briguei muito, para manter o ritmo, com medo de quebrar. Aproveitei para recuperar o gás, ingerindo bisnagas de carboidrato em gel, entre goles d'água. Ao chegar em Botafogo, meu pace já estava recuperado.

ALEGRIA NA CHEGADA

A Meia-Maratona da Cidade é disputada juntamente com a Maratona (prova principal), cuja largada é no Pontal - Recreio dos Bandeirantes. Assim sendo, o público, que aguarda a chegada dos grandes maratonistas, faz a festa dos meia-maratonistas que chegam antes.

Aproveitei esse público para extravasar alegria na chegada, girando uma camisa feito helicóptero ao som de aplausos e vivas - tirei minha onda!


Meu tempo foi de 1:36:19.
Na classificação geral: 252º.
Na classificação pela faixa etária: 17º

Nada mal, mas posso melhorar com mais treinamento e experiência nesta prova. talvez em setembro consiga 1:34h. Até lá, continuarei treinando!

abraços!

Bira.
Amigos;


Fiquei muito feliz com os e-mails que vocês me mandaram: icentivos, elogios... não tenho palavras... É isso que me faz calçar os tênis - com chuva ou sol - e percorrer incontáveis quilômetros, quatro vezes por semana.

Faz 2 anos que corro continuamente, mas saibam que eu permaneci uns 20 anos parado. Toda vez que um corredor passava pela rua, meus olhos brilhavam de admiração. Para espantar a inveja, imediatamente eu desejava (em pensamento): "Que Deus lhe dê muita saúde". Depois fazia planos de voltar a correr, mas não passava disso.

Um dia fui mais longe: comprei tênis, short e camiseta. Fiz alguns treinos e... parei de novo. Até os meses passavam correndo. Tudo parecia correr na tela da TV, só eu ali parado diante dela.

Outro dia fui comprar pão e vi dois corredores trotando. Um deles já devia ter mais de 70 anos, pensei: "Que barato! Quero chegar nesta idade assim!" Cheguei em casa e disse, com determinação: "Vou voltar a correr!..." Foi então que todos riram de mim: "Você tá sempre dizendo; vou-voltar-a-correr..." Triste constatação: eu estava desacreditado. Feliz reação: "desta vez eles vão ver, vou-voltar-a-correr!" - pensei entre os dentes.


VOLTANDO A CORRER

Coragem, espanei a poeira do tenis, vesti short, camiseta e saí pelo acostamento do asfalto, sempre na contra-mão. Fiz uns 5km e fiquei motivado, mas no dia seguinte os joelhos doíam. Depois do segundo treino, mal podia andar! "Acho que não dá mais pra correr" - pensei com tristeza, mas não desisti.

A solução foi combinar reforço muscular (coxa, panturrilha) em uma academia, com corrida na grama do Aterro, três vezes por semana. Deu certo; aos poucos fui abandonando a grama e voltando pro asfalto, sem dor.

Eu não sabia, mas havia passado no pimeiro teste, o da determinação.


O TESTE DA MOTIVAÇÃO

Foi meu amigo Sérgio que me apresentou o novo mundo da corrida de rua: revistas especializadas e provas. A essa altura, eu tinha acabado de participar das olimpíadas de funcionários públicos, em Blumenau/2007, mas era ignorante quanto aos treinos, materiais esportivos, suplementos e tudo mais - eu estava 25 anos atrasado!

Sem perceber, fiz o teste da motivação:

* Participei das Corridas Leblon-Leme (8Km) e de São Sebastião (10-Km), jan/2008;
* Treinei para melhorar meu tempo nas demais provas de 10k;
* Comprei tênis novos de corrida (dica; no out-let é bem mais barato);
* Assinei a revista 02 e Runner's Word;
* Fiz musculação visando reforço muscular;
* Encontrei um local onde muitas pessoas caminham e correm e fui treinar ali.
* Segui planilhas de treinamento, publicadas nas revistas;
* Melhorei minha alimentação naturalmente;
* Nos treinamentos ouvi MP3 ou simplemente refleti com o cérebro mais oxigenado;
* Deixei o sol me bronzear, o vento me refrescar - senti o bem-estar da beta-endorfina, após a atividade física;
* Bebi água de coco ou comi uma bela fatia de melancia, depois da corrida;
* Revelei uma vida muito boa, debaixo deste céu azul e encima destas pernas, agora fortes.


A VIDA QUE A GENTE TEM

Vários amigos me dizem que precisam voltar aos exercícios. Eu lhes digo: "Vai nessa!" Se não puder correr, caminhe, mas siga em frente. Não queira resultados imediatos, informe-se. Se não puder fazer atividades na manhã, faça à noite. Encare este período escolhido como apenas seu. É o seu direito tê-lo. É depois de ter um momento consigo mesmo que nos encontramos com a vida.

Em tempo: Ontem corri minha primeira meia-maratona (21k). Detalhes na próxima postagem.


Abraços!

Bira
Fotos: Corrida Mizuno 10 Milhas (16,09km), dia 31-05-2009 - Aterro do Flamengo - Rio

Amigos!


Faz tempo que eu não descrevo minhas corridas por aqui e sequer edito este blog. Depois que bloquearam este site no meu trabalho, não dá mais para fazê-lo após o expediente e quando estou em casa, ignoro o computador. Alguns podem ter pensado que desisti de correr; ledo engano!






Não só continuei correndo como aumentei a rodagem. Se corria uns 40km semanais, hoje corro 55km, com promessa de superar os 60. Tudo isso porque quero estar 100% na Meia-maratona Internacional do Rio (21,097km), dia 06 de setembro de 2009.






No mês que vem completarei 2 anos longe do sedentarismo e 50 anos de vida: salve eu! Ter escrito aqui foi mais uma ferramenta que utilizei nesta virada - recebi os bons fluídos de vocês.





Enquanto setembro não chega trazendo as cores e o perfume da primavera, corro no inverno - não tão menos colorido do meu Rio de Janeiro. Semana passada participei das 10 Milhas Mizuno (16km) no Aterro (veja nas fotos).




Dia 28, deste mês, 8h, entre outros 6mil corredores, largarei na Barra com destino ao Aterro, acariciado pela brisa do mar, estreando em uma meia-maratona. confira o mapa do percurso


Feito criança devorando bom-bons, em 2008, corri todas as provas de 10k. Já com o corpo adaptado, parto para provas de 21k e em 2010 pretendo correr uma maratona 42,195km... Você pode chamar isso de evolução.



Mais sobre esta prova de 10 milhas:


1- É um evento oportuno porque ocorre um mês antes da maratona do rio - um preparatório.



2- Organização excelente e pode-se optar pelo revezamento em duplas.



3- Pretendia completar a prova com o tempo de 1:10h, o fiz em 1h 11'42" - a desculpa é que fiquei resfriado na semana da corrida, mesmo assim fui bem: 9º da categoria. veja o resultado, com detalhes, abaixo.


Abraço!

Bira
(...) Não importava se a tempestade escurecera o dia porque os olhos daqueles moleques eram como refletores iluminando a esquina (...)



Dentro do Velho Caderno

Amigos!

A seguir, mais textos do velho caderno que estavam perdidas nos arquivos do blog: agora refeitas com os recortes de imagem montadas com Gimp.

City Tour

(1999)

"Proibida a prática de surf - No Surfing"

É curioso perceber que em meio a tanta beleza que premiou a praia de Boa Viagem - Recife PE - estas frases conseguem se destacar. Elas estão pintadas em algumas placas fincadas na areia, e não nos deixam esquecer da presença de tubarões nas mornas águas daquele litoral.

- Até Hoje, eles só pegaram surfistas. É que os surfistas vão além dos arrecifes - tenta tranquilizar o taxista.

Expandindo a visão, percebemos do lado oposto, diversos novos prédios surgindo ao longo da Av. Boa Viagem.

Voltamos o foco em direção ao mar que transforma a luz de um sol intenso em intenso verde-azul, a nos convidar, no zunido de uma brisa contínua que vem do oceano. Este vento desloca, grão a grão, a fina areia da praia em direção ao calçadão.

O coco gelado custa R$0,70, a sombra é grátis. Grátis apenas para dizer que não há valor que justifique uma obra da Natureza.

À noite, pode-se conhecer o Recife Antigo. Na Rua Bom Jesus, os restaurantes perfilados por detrás das antigas fachadas, espalham mesas e cadeiras nas calçadas. Na boa conversa, a espuma do chopp não deixa a garganta secar e uma excelente canção acaricia os ouvidos. A lua, justificadamente exibicionista, não poderia deixar de surgir e isso parece inspirar o cantor, que ao ar livre prioriza a Bossa-Nova.

Mas se é quinta-feira o ambiente se agita. Todo o Recife Antigo se toma. Tem exibição de frevo, maracatu, capoeira, parece carnaval. Tem "Dançando na Rua": grupos musicais se exibem em um palanque para que todo o povo dance sobre tablados. Quem não trouxe par, é só convidar um dançarino ou dançarina, identificados no uniforme, e começar a bailar.

Olinda é tão próxima que não se percebem os limites. A visão panorâmica, as igrejas antigas, as ruas estreitas e carregadas de história do Patrimônio da Humanidade. Os olhos invadem, indecorosos, o espaço entreaberto das portas e janelas das antigas casas de Olinda. Eles querem descobrir tesouros esculpidos, pintados ou bordados. Tesouros promotores da fé em forma de venerável imagem, ou promotores da paz, em forma de branco bordado.

A essa altura a noite já caiu sobre as margens do Rio Capibaribe. Um velho catamarã já está para sair e deslizar sobre as águas em um passeio. Estamos de novo nas proximidades do Recife Antigo. O mar e a cidade nos avizinham. Mais uma vez, alguém canta uma bela melodia. É quando se constata que a incansável brisa continua presente, enquanto a embarcação começa a se deslocar. O céu agora é negro e amplo, e, sem dúvidas, pertence à lua. Esta lua parece uma bela noiva a esparramar seu véu, em forma de reflexo, sobre as águas do Capibaribe. Neste momento, se deixarmos o romantismo se apossar de nossa alma correremos dois riscos: ou nos apaixonaremos ou choraremos de saudade. ###


Sem Eira Nem Beira

(1999)




O que Deus Está Fazendo?

(18-02-2006)

Quando eu era pequeno diziam que Deus morava no céu - para onde as pessoas iam depois que morriam, embora o que eu visse nesses momentos, fosse um caixão ser engolido pela terra.

O céu de Deus, no entanto, tinha um azul fantástico que eu nunca entendi porque o mundo não parava e sentava simplesmente para admirá-lo. Nele, alguns chumaços de nuvens brancos absorviam o brilho intenso do sol. Se no fim da tarde trovejasse, dava medo: Deus estava ralhando. Se começasse a chover, meu colega dizia que São Pedro estava mijando. Mas se o azul se escondia e as nuvens, antes brancas, multiplicassem e ficassem com a cor de pano de chão, era hora de se recolher... Isso, se não tivesse uma animada pelada debaixo de chuva!

Começava a competição; um bando de moleques embebidos de suor e chuva disputava a bola e gritavam gol mais forte que qualquer trovão. Não importava se a tempestade escurecera o dia porque os olhos daqueles moleques eram como refletores iluminando a esquina - Maracanã imaginário. Um raio riscava o céu, seguido de um estrondo e grito de gol.Até que uma mãe zelosa aparecia de guarda-chuva carregando seu filho para casa e fazendo a partida parar. Aí o sangue esfriava e alguém percebia: "Ta ficando frio e eu nem lanchei." A pelada acabava uma hora antes do fim da chuva e quando o céu se abria revelava estrelas.

Uma imensa lua amarela brotava no fim da estrada. Tudo era mais quieto na noite e o céu - casa de Deus e dos que se foram - escurecia. Enquanto meu irmão mais velho esperava o rádio terminar de transmitir A Voz do Brasil para começar a transmissão do futebol, olhei pro céu e perguntei: "O que será que Deus está fazendo agora?"

Abraços!
Bira.
Amigos!

Escrever... Escrever e guardar o caderno na gaveta escura não lhe conduz ao sonho. Para as traças da gaveta, palavras são petiscos e as folhas que elas não comem ressecam, amarelam e se desfazem. O tempo perdido também desfaz o sonho e o ser se adapta à sobreviver. Sobreviver é viver sem sonho... Até que um dia a mobília é trocada e se reviram papéis, documento e fotos. Embaixo de tudo jaz o velho caderno dos sonhos amarelados...

À Janela
16-05-1978.
(á memória de Muca e Victor)

Sentado à janela.
Em suas mãos sem cor destacavam-se as veias e o baralho, enrugado e velho como seu corpo.
Jogava paciência.
O coro constante da geladeira emudecia o relógio.
Na mesa desfilavam cartas que se fundiam com as figuras que passeavam em sua mente.
Vagava entre o passado e o presente.
A morte lhe expulsava a vida que, mesmo rara, ainda figurava em seu rosto, quando me contava os fatos do “Tempo Bom”.
E seus olhos reluziam o brilho do dia, seu sorriso demarcava as rugas da face.
Esta face sumiu, mas estará presente nas minhas recordações quando eu também estiver sentado à janela.###



Avalanche
20-05-1978

O sol nasce atrás das nuvens fazendo morrer a euforia do samba ao canto do galo. Nas quadras dos morros pandeiros silenciam e surdos ouvem os trovões do céu. A chuva esfria peles mau-cheirosas e já molhadas de suor. Sapatos que levantavam poeira atolam-se na lama. Lábios grossos e alvos dentes que se abriam de alegria, apertam-se de raiva quando olhos rubros vêem a cidade, lá embaixo, a dormir com expressão de sorriso. Então as mãos se fecham fortemente e os corpos possuídos descem o morro às carreiras e aos gritos. De ladeira em ladeira, de morro em morro, a avalanche aumenta. No meio, a cidade ainda dorme sem saber que o ódio lhe vem junto à água barrenta.

A cidade acorda aos berros e punhaladas, cabeças a rolarem no chão vermelho até não sobrar mais nenhuma.

Sobre os urros e sob o sol que agora surge, as armas são suspensas brilhando triunfantemente. As mãos voltaram a se abrir para bater nos pandeiros, as bocas para sorrindo se fartarem. Alegria! Samba! Cerveja! E o cansaço que leva os heróis ao sono.

Despertam sobressaltados ao se verem em seus barracos. Correm à janela e, lá embaixo, a cidade gargalha de deboche. Todo o corpo treme e aquece de furor. Olham o sol se pondo, carregam os seus revólveres... 
###

Hoje no Ponto

Esperava o ônibus como fazia todos os dias às seis da tarde, um tanto cansado e com sono, mas com o pensamento no colégio.

O ponto estava cheio de gente ansiosa para chegar em casa e demonstravam isso mergulhando no próximo veículo já lotado. Neste, via-se uma salada de pessoas regadas à suor. Rostos sérios e pensativos. Mas... Olha aquele ali no meio! Sou eu! Eu?! Ué, será que tenho um sósia?... No entanto, ao lado deste, eu! E outro eu! Ali todos são eu!!! Viro o rosto, estou sonhando. E me vejo circundado por tantos eu. Ao meu lado, do outro lado da rua, até onde minha vista alcança! Pego o lenço e fecho os olhos para enxugar a face vermelha.

Já são onze da noite. Bocejo apagando a luz. Deito-me e no escuro penso: ‘Quanto mais tento ser diferente, continuo sendo tão igual às pessoas!’

Fecho os olhos me ajeitando na cama, afinal, amanhã às cinco e trinta, acordo para mais um dia de trabalho.

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A Fuga
1981

Duas cachaças lhe deram coragem suficiente. Abriu a porta com violência, e como se fosse um policial em vistoria, foi revirando gaveta por gaveta, atirando no assoalho as roupas, separando as suas, para socá-las na mala. Não falava nada. Apenas respirava forte com nervosismo e olhar transfigurado. Jogava as meias, o aparelho de barbear, a colônia For Men, tudo que era só seu. Esforçou-se para passar o zíper fechando a mala abarrotada. Nada mais olhou. Ergueu a bagagem na mão direita e partiria tão bruscamente quanto chegou, se a mulher atordoada não se atirasse à sua frente.

Durante esses poucos minutos ela ficou petrificada ao canto do quarto. Observava atônita o marido que parecia ter ficado louco. Queria perguntar-lhe: “O que é isso? O que está havendo?” Mas a frase não saíra, prendera-se na garganta. E ela não entendia nada, com os olhos arregaçados pelo susto e medo, observava quieta e gelada o desespero do homem. Por isso se atirou: se o súbito lhe bloqueava as palavras, não poderia bloquear seus gestos. Tentou agarrar-se ao marido. Paralisá-lo como uma camisa-de-força, anestesiá-lo com o olhar. Mas não conseguiu. Faltou-lhe poder nos braços e nos olhos para conter a fúria que se apossara dele. Com um empurrão foi atirada na cama que afundou com o impacto da queda. O barulho fez acordar a criança que lançou seu choro do outro quarto. A porta da sala bateu forte abafando os lamentos da mulher dentro do recinto. O homem partiu.

Depois de muito pensar, a vizinha resolveu verificar o ocorrido no apartamento ao lado: aquela barulheira, a porta batendo e o choro que não parava. Abaixou o volume da televisão e encostou o ouvido na parede. “O que está acontecendo?” E foi à campainha desobedecendo ao conselho do marido:

– Deixa pra lá mulher. Isso é briga entre os dois, não se mete!
– Ouvi passos na escada, Marta deve está só, precisando de ajuda. Não ouve o choro?

Logo a porta abriu, revelando um rosto encharcado e corado pelo pranto da mulher.
– Que foi minha filha? Perguntou a vizinha amparando-a nos braços.

Os soluços não a deixaram responder, davam solavancos no peito interrompendo cada palavra.
– Calma filhinha, não diz nada, ta?... Olha o Marcinho chorando, tadinho!... Vou preparar um copo de água com açúcar pra vocês.

Alguns minutos tranqüilizaram Marta que, enxugando a face, explicava a cena repentina.
– Mas por quê mulher, assim tão de repente? Admirou-se a vizinha.
– Não sei Dona Célia. Será que meu marido enlouqueceu, meu Deus?! E tornou a chorar soluçando de novo.
– Calma filhinha, calma...
– Vou à casa de meus sogros! Decidiu Marta.
– É melhor você não ir hoje, já são quase dez horas...
– Eu tenho que ir, eles devem saber de alguma coisa. Não posso ficar aqui chorando com meu filho! Toma conta dele pra mim dona Célia, por favor!

E saiu atrás do marido.

* * *

Quando partira, Jorge havia saído em disparada no seu carro. Deixou tudo para trás, afundando o pé no acelerador, roncando os motores em busca de Margarida.
Fina flor Margarida, a jovem que o quarentão conquistara e vinha mantendo um caso amoroso durante os últimos oito meses. “Manobro a moça!” Pensava consigo e gabava-se a um amigo que acaso encontrasse num barzinho tomando chope. Dividiu-se então, entre a esposa e a jovem amante.
– Desse jeito não dá mais, já estou cansada de ser a outra! Disse Margarida certo dia.

Jorge se viu perdido então. Não quis trabalhar na manhã seguinte, foi apenas pedir demissão. Já havia decidido. Partiria com a jovem para São Paulo, afinal possuía ótima conta bancária e não teria dificuldade de se empregar naquela capital. Mulher, filho e o resto da família não importavam. Margarida era-lhe muito mais que isso. Ficaria tudo bem. Pagaria uma pensão de divórcio à esposa e ao garoto, constituiria nova família.Passou a noite num hotel e foi, na manhã seguinte, buscar sua amante.

Sol de verão, malas no carro e Margarida ao lado. Pôs o veículo para funcionar e saiu em meio ao “rush” matinal da avenida.

* * *
Onze e meia da noite anterior. Marta batia à porta dos sogros:
– É você Marta? Perguntou a sogra assustada a sogra assustada, mesmo vendo diante de si a nora – Você está chorando?... O que está havendo, meu Deus?
– Jorge partiu! Respondeu jogando-se nos braços da sogra.

* * *
Quando o céu clareou finalmente, foram buscar a criança deixada com a vizinha. Logo saíram mãe, avó e filho em busca de Jorge.
Na empresa souberam do pedido de dispensa e partiram sem saber aonde ir na calçada da avenida.

* * *
Jorge driblava os carros no trânsito da cidade. Sentia-se pouco paciente na ânsia da fuga. Parou descontente no sinal luminoso e acendeu um cigarro com gestos intranqüilos. Olhou Margarida ao lado e teve o ímpeto de beijá-la. Mas, a voz infantil, vinda da calçada, interrompeu seu movimento. Virou-se e viu entre os parentes, seu filho Marcinho, que puxando a mãe com uma das mãos e sacudindo a avó com a outra, arregalava os olhos e gritava:
– Olha o papai! Olha ele lá. Mãe!!... Paiê, a gente ta procurando o senhor!!!
O sinal abriu e os carros buzinaram. O homem vendo que interrompia o trânsito, acelerou a máquina (“Peraí, pai!”) e se perdeu em meio ao fluxo dos automóveis, deixando na calçada aquelas três criaturas que olhavam estarrecidas o veículo sumir na próxima esquina. ###



A Esquina 25 de Dezembro

Um homem seguia uma rua comprida e de trezentas a sessenta e cinco esquinas. Sentia-se cansado e, de certa forma, desanimado. Em cada esquina desta rua denominada “1982”, deparou com fatos tristes e rotineiramente trágicos, formadores de uma paisagem vandalizada. Por isso poucas vezes sorriu com algo prazenteiro que quebrantasse esta fatal rigidez.

De repente, já nas últimas esquinas desta rua, pressentiu flores eclodindo nos canteiros das calçadas e captou no ar suaves fragrâncias. Não resistindo se curvou para colher o primeiro botão, sugando para dentro de si o perfume. Sentiu então uma transformação no espírito apático, ficando estático por alguns instantes, mas logo prosseguiu.

Passaram esquinas e calçadas, multiplicando-se as flores, tornava-se cada vez mais belo o cenário. Gradativamente também, o cansaço e a dor se ausentaram da face e ele sorriu a uma criança que lhe cruzou à frente. Na próxima esquina outras crianças surgiram e eram cada vez mais a brincarem, com coloridos buquês às mãos. Aproximou-se o homem, e, deslumbrado, já não mais caminhava, corria pelo caminho florido e alegre. Transformara-se completamente a paisagem, ficara linda! Então ele refletiu: “Ué, será que sigo a mesma rua que vinha seguindo?” Correu até a próxima esquina para tirar dúvida olhando a plaqueta presa ao poste: “Rua 1982 (ESQUINA 25 DE DEZEMBRO)” “Então é isso!” deduziu – “com tanta escuridão pelo caminho, já nem me lembrava da existência desta esquina!”

Uma menina, puxando-lhe pelo braço, cortou-lhe o pensamento, chamando-o de volta à brincadeira. Totalmente contagiado, deixou-se levar pela garota que o conduziu ao centro da rua, onde seus coleguinhas formavam uma festiva roda girante e cantante. Dando as mãos aos meninos da roda, transformou-se também em criança, cantando e girando na brincadeira. Cantigas de roda se misturaram ao perfume das flores no ar. Pássaros que voavam sobre as árvores, viram no centro do círculo infantil, deitado sobre berço de palha, um bebê que espelhava toda a luz matinal, emitindo raios para alimentar o contentamento que lhe fazia órbita, em magnífico coro:
“Bate sino pequenino, sino de Belém!...” ###

Abraços!
Bira. 

Amigos!

No início dos anos 80 eu adorava ler o Jornal do Brasil. Começava sempre pelo Caderno de Esportes onde me aguardavam Nelson Rodrigues, João Saldanha e outras feras. Dava dó, no entanto, ler matérias de atentados a bomba, no Oriente Médio ou da fome na Etiópia. Às vezes o fazia na praça de Irajá onde os velhos jogavam cartas. Quase 30 anos depois, nada disso acabou: nem a fome da Àfrica, nem as bombas do Oriente ou os velhos da praça. Meu amigo Zeca - que nem tão velho era - no entato, partiu, já naquela época quando tudo era poesia:


1)
ADEUS ZECA


Na tarde molhada,
A cova engole fria um corpo -
Apaga do Cotidiano um homem.

Na face molhada,
Os olhos fitam rubros a cena -
Apagam da mente a esperança.

Se a cova apaga um frio cotidiano,
A esperaça mente.

Se a tarde engole os olhos rubros,
Um homem acena:
- Adeus!


* * * * *


2)
O VELHO E A PRAÇA


Em meu resto minguado de vida,
Nas maõs de guerreiro
As espadas eram naipes;

O coração e a amante,
Dama de copas;

O ouro só reluzia nas cartas,
O trunfo da sorte era paus.

Sem dinheiro nos bancos da Suíça
Jogava sueca nos bancos da praça.


* * * * *


3)
ETIÓPIA


Quando avistei aquela gente
De pele e osso sobre o solo,
De infância e fome sobre o colo,
De agonia e morte pela frente.

Vi terra seca amarelada do poente,
Amassada pelos passos fragelados,
Adubada pelos corpos enterrados,
Mas estéril pela água inexistente.

À procura do fruto, desesperados,
Desprendiam do chão suas raízes -
Folhas secas pelo vento carregados.

Dividiam migalhas esmoladas em países,
Jovens envelhecidos, velhos acabados,
Porém, mais solidários que infelizes.


* * * * *


4)
CARRO-BOMBA

Clique na imagem abaixo para ampliá-la



































Abraço!
Bira
Amigos!



Na primeira metade da década de 80, eu gastava bastante lápis traduzindo em desenho as manchetes dos jornais. Achei alguns deles, escaneei e os coloquei abaixo. Repare que eles continuam atuais:

DINHEIRO:

NATUREZA 1:



NATUREZA 2:


DESEJO:


Abraços!

Bira
Amigos!

As primeiras postagens foram apenas alguns registros do meu retorno às corridas, eu também estava aprendendo a lidar com este blog... 



Uma faca parecia ter sido cravada em meu abdômen e não tinha como manter o ritmo, apenas completar a prova. Foi assim que perdi a mais uma chance de correr 10k em 40 minutos. Meu tempo foi 43'40" na Corrida das Academias 2008.

Com público de apenas 1.500 pessoas, a corrida teve alto astral. Caixas de som com música de academia davam um tempero especial à prova. Uma mesa farta de frutas e Gatorade foi servida aos atletas no fim da prova. Na barraca do SESI, atletas alongavam e recebiam massagem. Um professor me orientou a a fazer exercícios de flexibilidade: "Isso vai ajudá-lo a baixar seus tempos." - Disse, depois de observar minhas dificuldades em alongar-me.

Contra o Calor: Fio de Silicone



Para amainar o calor inovei: comprei um fio de silicone onde prendo o número de corrida e corri sem camisa. Alguns colegas simplesmente prendem o número no short, mas isso resulta em não encontrar suas fotos na internet, já que o movimento desse short esconde o número.
  
Circuito das Estações

No Circuito das Estações de Verão 2008 havia mais de 9 mil corredores. Desta vez o sol deu trégua e o clima foi agradável. Como sempre, corri em ritmo de 4x1 até o km 8 quando perdi o gás para manter o rendimento. Quando me senti esgotado, surgiu uma repentina voz, vinda de trás: "Você ta muito bem, Bira!" Olhei e vi meu amigo Miguel, de bicicleta, me incentivando. Encontrei fôlego para conversar com ele àquela altura da prova:


- Pára de falar. Se concentra na corrida. Você ta muito bem!... E exagerou, meu súbito treinador: Você é um corredor de ponta!

Resultado: ao invés de completar a prova acima de 43min, o fiz em 42' 04"!


Ano Novo, Provas Novas

Em 2009 planejo correr 4 meias-maratonas (provas 21km) e já me inscrevi na de São Paulo, dia 08 de março. Ainda tenho uma prova de 10k (Corrida Panamericana) este ano mas uma dor na coxa está me dizendo para não corrê-la. Espero que isso não acabe me tirando da meia, em março.

Correndo nas Areias Noturnas da Barra

Machucado, me inscrevi na Corrida Fila Night Run apenas para pegar o kit. Cheguei atrasado. Larguei 5 minutos depois.

Eu não fazia idéia do quanto é divertida uma corrida noturna na areia fofa! Despreocupado com performance, respirei a brisa do mar. O que menos importou naquela noite foi o tempo: fosse o tempo no relógio, no céu ou na minha identidade. Todos os tempos congelaram naquele instante eterno e feliz. Todos relógios se derreteram como nas telas de Dali e foram absorvidos pelas ondas. Despossuídos de relógio, não sabemos precisar por quanto tempo fomos felizes... Deve ter sido para sempre!

Abraços!
Bira.