quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Correndo Dentro da Bolha



Correndo Dentro da Bolha

BiraNaNet, post de WhatsApp


Estou correndo dentro de uma bolha, ao sabor do vento e pela cidade. Enxergo a paisagem através da parede convexa e transparente dessa bolha. Ela funciona como uma lente permeável de 360⁰.

Estou correndo e experimentando doses de otimismo vital e diárias. Não são doses da uca que vem de fora. São as substâncias que Deus inseriu nos seres viventes, cujo movimento libera.

O mundo que avisto, enquanto estou na bolha, apresenta elementos móveis: pessoas, casas, arvores, tudo... Esse movimento provém da corrida que faço. Se corro, viro rastro como tudo no entorno. E quando tudo vira rastro, torna-se energia imediatamente. Elementos táteis e imisturáveis se unificam!... Eis, o segredo que o movimento me revela, lá de dentro da bolha!: Um mundo indefinido!

É como se o predador engolisse a si próprio, quando o gavião devora o rato!... Eis a justiça!

No mundo dos rastros, todas as cores do arco-íris se misturam no giro do Pião de Newton. O pião das cores faz surgir o branco. O branco que reflete a luz da misericórdia divina!... Estamos salvos!

Quando paro de correr descubro ser o meu próprio predador...  Porém, no dia seguinte retorno à bolha do otimismo, para enxergar a luz que banha o mundo! #


TREINO DE ONTEM

continuo preguiçoso, fiz apenas 11km em corrida de percurso rotineiro, a 6x1.

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sábado, 18 de outubro de 2025

Que Saco!

 
Imagem gerada por IA

Que Saco!

BiraNaNet, post de WhatsApp

Tem dia que eu não quero correr e acho injusto interromper o meu ócio por causa disso. Então penso nos quilos que ganharei ou nas roupas que perderei se permanecer parado... A contragosto, levanto do sofá, calço o tênis e dou a partida!... Pobre de mim! Como o mundo é injusto!

Tem dia que eu não quero fazer nada. Não é depressão, talvez seja marasmo! Acho um saco ter que comer todo dia e, às vezes, até esqueço do almoçar... Então bate a vontade de comer besteira... Como quem come pipoca de olho no filme, meus olhos engolem horas e horas de YouTube!

Tem dia que eu gostaria de fazer tudo de uma vez por todas: correr, comer ou falar contigo... Que saco! Ter que ficar, todos os dias, encaixando palavras, construindo frases e depois propalá-las aos quatro ventos virtuais (e-ventos!)... Formar trocadilhos... Que droga! Já fiz isso mil vezes, será que não basta?!

-- Se eu parar de correr, engordo!

-- Se eu parar de escrever, emboto!

-- Se parar de te mandar estes textos, você vai pensar que morri de marasmo! 

Que saco!... Vou sair pra correr! #


TREINO DE HOJE:

de volta ao Rio dei uma volta no meu bairro e vizinhança: corri 10,5 km apenas - já não sou como antes!


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18.10.25

sábado, 20 de setembro de 2025

Correr e Escrever (Acredite!) São Coisas Iguais

Correr  e Escrever (Acredite!) São Coisas Iguais

BiraNaNet, post de WhatsApp


Correr e escrever, para mim, são coisas iguais: cada passada que dou construindo o caminho, correspondente aos toques no teclado que compõem este texto. 

Eu preciso descrever o quanto corro para alimentar, na mente, o desejo de fazer outra corrida!

Milagrosamente percebo coisas que ninguém percebe nos seus seus treinos rotineiros, para poder escrever aquilo que ninguém escreve quando fala de corrida!

Não é prepotência: é Luz que vem de Cima! Estou sob céu aberto, e o "SuperHomem" nem precisa ligar Sua visão raio X para proteger o meu caminho e me inspirar!

Ouço feliz alguém dizer: "Vai, guerreiro!..." ao me ver passar. Acho graça ser chamado de "guerreiro" quando estou em paz! Anoto tal fato e coloco aqui no texto: paradoxos enriquecem a escrita, fazem o leitor sorrir, até chorar!

Há muito perdi a vergonha perante a opinião alheia. Sou o dono da razão que faz meu caminho feliz: correndo e escrevendo - batucando os polegares no chão ou no teclado - refaço trajetos e revisito a felicidade - eternizo a graça que recebo na consciência de quem lê!

Correr e Escrever (Acredite!) São Coisas Iguais. Mas o que importa neste título foi colocado entre parênteses: Acredite! #


TREINO DE HOJE:
corri 14,2 km de um percurso rotineiro, apenas para manter meu progresso.

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20.09.25

domingo, 7 de setembro de 2025

Corrida Não É Brinquedo

Gif animado da ex-recordista mundial da maratona, Paula Radcliffe, correndo por prazer em 2015, após já estar aposentada das competições: Amor pela Corrida.

Corrida Não É Brinquedo 

BiraNaNet, post de WhatsApp

A Corrida não como aquele brinquedo que a criança ganha em dezembro e que no mês seguinte já foi deixado de lado.

Tampouco, a Corrida é paixão de um jovem, fadada a se desfazer perante a troca com outros olhares.

Quando passar a paixão pela Corrida surgirá o amor, que fará o corredor repetir os mesmos trajetos e descobrir, ali, novos detalhes. É semelhante a um homem redescobrir a mulher que envelhece ao seu lado.

Tal qual o amor, a Corrida precisa ser regada por gotas de suor ou de lágrimas. O choro triste do corredor lesionado, e afastado de seu Amor-Corrida, tem o mesmo sal do choro feliz daquele que completa a maratona.

Pelos caminhos de quem corre na cidade é possível ver a solidão dos miseráveis ou o sorriso das crianças; o cuspe e o beijo (como diria Augusto dos Anjos). O lixo e as flores convivem nas mesmas ruas, e só corredores serenos, despidos de paixão, conseguem observar.

É que a paixão cega o homem tal qual o corredor iniciante. Imbuído da paixão, o corredor acelera e não observa o caminho, feito o homem que não teve tempo de observar sua amada: A Corrida; a Mulher que não é brinquedo, senão o caminho e a Graça de percorrê-lo. #

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BiraNaNet 
07.09.25

sábado, 6 de setembro de 2025

Tem Dia que Você Não Quer se Mover, mas É Preciso Recarregar!


Tem Dia que Você Não Quer se Mover, mas É Preciso Recarregar!

BiraNaNet, post de WhatsApp

Ontem, cheguei em casa ofegante das compras no supermercado, tomei banho e almocei quando já era hora do café da tarde. Sentei-me diante da TV para ver alguma coisa e logo peguei no sono.

Acordei, depois que sol fora dormir. Sentia meu corpo pesado e afundado no sofá. Percebi, então, que o dia passou e eu não havia treinado. Olhei o relógio: eram 18:30h; daria tempo de uma corridinha!... Tentei me levantar, mas meu corpo era de pedra!... O que fazer?

"Deixa de ser preguiçoso!" -- repreendi a mim mesmo, apesar da indisposição -- "Levanta!" -- mentalmente ordenei.

"Talvez dê para fazer pelo menos 5 km de trote leve" -- minimizei a culpa.

Então, calcei meus tênis e fui para a rua. Respirei coragem ao disparar o cronômetro do aplicativo de corrida, na tela do celular carregado. Eu, no entanto, estava descarregado, feito os coelhinhos de pelúcia que não usavam pilhas Duracell, no velho comercial de TV.

Benzi-me, como de prache. Ergui as mãos, como se tivesse em um culto evangélico, e mirando no céu pedi proteção para mais um treino. 

Comecei a trotar na calçada, iluminado pelos postes e faróis da Avenida Automóvel Club. Minha disposição era zero, mas eu segui. Aos poucos, perdi-me entre os pensamentos e a atenção em não tropeçar. Alterei o trajeto; entei e saí de avenidas e ruas; de bairro em bairro - até perceber que eu estava cantando... Isso mesmo: correndo e cantando no quilômetro oito, conforme anunciava a voz do aplicativo de corrida.

Não havia mais indisposição e minha vontade era fazer 21 km (meia maratona), mas fui prudente mudando de rota para retornar.

Terminei meu treino perto de casa, com 14,16 km percorridos. Era tudo que eu precisava!

Hoje, saí de casa para cumprir meus compromissos cheio de energia: Estava ativo, feito aquele brinquedo que usa pilhas Duracell (no meu caso, recarregáveis)! #


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BiraNaNet, 
05.09.25

domingo, 31 de agosto de 2025

As Luzes e a Corrida

 

Imagem de IA (Meta)


As Luzes e a Corrida 


Hoje saí para correr no começo da noite, socorrido pelas luzes de led que tornaram a cidade mais clara.

Então pensei: "que fim foi dados nos milhões de lâmpadas de vapor de sódio retiradas dos postes?" Aquelas, de brilho alaranjado e penetrante, porém brando e insuficiente, que pareciam dar uma sensação de maior perigo à paisagem noturna, lembra?

Sou da antiga: lembro de quando lâmpadas de sódio foram instaladas nos imensos postes centrais da Avenida Brasil. Lembro de que no subúrbio a iluminação pública era incandescente. Para ver as estrelas, bastava afastar-se um pouco do postes de luz. 

Era na luz pendente, nos postes, que as mariposas rodopiavam até morrerem de esgotamento e calor. Eram banhados nessa luz que os suburbanos conversavam, até morrerem de sono e se recolherem.

Aos poucos, no entanto, surgiram outras luzes dentro das casas suburbanas chamadas de TV. Foi quando aquela gente abandonou o lumir dos postes e começou a morrer, diante das telas, feito mariposas encantadas. 

Porém, não vamos esquecer que eu estou correndo na beira do asfalto noturno e ungido pelo led. Uso roupas fluorescentes para chamar atenção dos motoristas. Uso lentes Varilux para não tropeçar e cair outra vez. Uso a corrida para não ser tragado por outras luzes, emitidas ou refletidas em tudo aquilo possa atrair um homem e depois matá-lo.

Levo comigo as luzes da corrida que revigoram o corpo,  libertam a mente e aplacam a alma... #


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BiraNaNet,
Rio, 31.08.25

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Correndo e Pensando

 


Correndo e Pensando

Acabo de concluir um treino de 14 km e escrevo esta postagem enquanto caminho suado, para casa. Ondas de calor aspergem do meu corpo atravessando o tecido poroso de minha camisa de treino. O calor que emito se junta ao mormaço, e a tarde no entorno da Vila da Penha fica mais quente por causa de mim.


Ainda bem que é inverno e um minuano moribundo sepulta seus últimos suspiros no céu do Rio de Janeiro. Triste minuano que faz do paraíso carioca o seu sepulcro!


Suspiros deste minuano percorrem minha pele suada, causando algum frescor, pós-corrida... Meu coração cadencia suas batidas com meus passos, agora brandos. Divido minha atenção entre o teclado virtual do celular, o movimento na calçada, além dos motoqueiros que passam... Quem sabe, um deles, queira subtrair meu smartphone nestes dias cruéis que vivemos?


Relembro que corri pelos bairros sem me preocupar com o trajeto. Circulei por Irajá, Vista Alegre e Penha nos primeiros 10 quilômetros e sequer percebi. Meus pensamentos fluíam sobre mim, feito um drone a me filmar. Nos ouvidos, os fones bluetooth reproduziam  músicas do celular, daquela feita protegido na pochete.


Consciente, resolvi correr apenas mais quatro quilômetros, afinal estou voltando a treinar, depois de meses parado.

 

Aterrisei na pista de corrida da Avenida Oliveira Belo para concluir esse treino.


Daí, nem espero chegar em casa para relatar essa aventura: saco o celular e abro o WhatsApp... Se antes pensava correndo, agora escrevo andando. Faço de tudo para não perder um insigth!


...Que satisfação!...#


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BiraNaNet,

Rio, 27.08.25

sábado, 23 de agosto de 2025

FE-LI-CI-DA-DE

 

Foto da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, foto do evento

FE-LI-CI-DA-DE

Felicidade não é um prêmio e a sua palavra deveria ser escrita com quatro hífens, separando cada sílaba.


Pensei nisso enquanto corria, ontem, depois de um longo tempo parado. Trotei por 8,5 km, sonhando completar, outra vez, a Maratona da Serra do Rio do Rastro. Na verdade, eu nem sei se seria possível subir correndo a Serra Mais Bela do Brasil de novo. Os requisitos não são fáceis de cumprir, como: cinco meses de treinos; seleção para a prova; ter dinheiro para gastar.


A idade, estou com 66, está querendo me desafiar. Encaro o Tempo, que é o melhor de todos os corredores de elite!... Corro nas ruas ao seu lado, mas sei que haverá o momento que eu sucumbirei, como o atleta esgotado que curva o tronco para frente, escorando seu peso nos braços apoiados nos joelhos, para se recuperar.


Ofegante, verei o Tempo seguir em frente. E só então entenderei que o Tempo não presta socorro. Ele sequer olha para trás... É que apesar de tudo, o Tempo não quer que vejamos o seu sorriso de canto de lábio - uma mistura de orgulho e deboche! Pobre de nós perante a hipocrisia do Tempo!


Paro de vagar nos pensamentos e me concentro na corrida que faço. O palco são as ruas do meu bairro e não posso arriscar um tropeço. 


Meu trote é lento, não quero me lesionar outra vez. Meu suor é moderado por conta disso. Estou calmo, grato e feliz. Já não me importa se correrei na Maratona da Serra do Rio do Rastro, outra vez. A felicidade não é esse prêmio ou resultado. 


Então destrincho a palavra "felicidade" e percebo suas cinco sílabas. Separo mentalmente com hífens e a vejo longa, como um caminho a percorrer... Tal qual o trote que faço. Os hífens de fe-li-ci-da-de não separam as sílabas, são laços, são passos... 


Daí percebo que venci o Tempo, no Quesito Fe-li-ci-da-de. 


Ele tem pressa: É um corredor inexpugnável - não tem tempo para separarar as sílabas de nada! 


Quanto a mim, posso ser feliz na sílaba - no momento em corro, me socorro! #


postagem feita no WhatsApp, será publicada no blog também


BiraNaNet, 

Rio, 21.08.25.