Um Tombo Inevitável

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(...) Cambaleei por mais três ou quatro passadas tentando retomar o equilíbrio, mas não tive sucesso. Antes de beijar o chão, dobrei os joelhos e estendi os braços para amortecer o impacto... E, por fim, caí (...)

Imagem composta com recorte de outras imagens colhidas da internet - Bira, 03/14.

Um Tombo Inevitável

Amigos!

Foi tudo muito rápido; eu vinha correndo pelo gramado e pensei: "Vou cair!..." Imediatamente atentei às raízes que brotavam do chão, já que tinham árvores perto, mas foi em vão e eu tropecei assim mesmo. Cambaleei por mais três ou quatro passadas tentando retomar o equilíbrio, mas não tive sucesso. Antes de beijar o chão, dobrei os joelhos e estendi os braços para amortecer o impacto... E, por fim, caí.

Foi tudo em menos de dois segundos num raio de cinco metros: Um tombo inevitável, apesar de percebê-lo antes. Estatelado sobre a grama baixa e meio seca, demorei alguns instantes para reagir. Automaticamente, sem olhar, fiz um escaneando sensorial do corpo. Enquanto isso, meu coração bombeava com força um sangue vermelho de raiva que afogou minha mente. Outra enxurrada, de vergonha, devolveu cor ao meu rosto: "Ainda bem que ninguém viu!" - suspirei. Fiquei sentado para contabilizar os prejuízos físicos e deixar passar a sensação do choque. Mesmo rala, a grama amorteceu minha queda, poupou os joelhos e as palmas das mãos. Eu estava inteiro e com poucos arranhões. Recolhi o Smartphone que cambaleou bem mais que eu, sacudi a poeira e voltei a correr no gramado.

O suor que escorria de novo fez os joelhos ralados arderem. Quis esquecer que havia caído, mas não deu. Ressenti achando que poderia ter evitado, afinal eu antevi o tombo:

- Mas eu tentei evitar! - justifiquei para mim mesmo.

- Quem mandou se desviar do mendigo? - rebateu a minha Culpa.

Ops!... O mendigo não estava nesta história, mas a Culpa não é nada amiga e denunciou o fato, então vou ter que contar direito:

Era sábado, por volta das 11 horas. Eu estava feliz da vida, percorrendo o km 24 do meu treinão de 30, passando pelo Aterro. O asfalto não estava liberado ao lazer e eu corria na grama. Eu ia bem, até surgir uma árvore à frente. Se eu cortasse por dentro, teria que cruzar ao lado de um mendigo deitado na sombra (em princípio, parecia ser um mendigo - não tenho certeza já que eu estava correndo), então escolhi desviar para a direita. De imediato, veio a certeza que eu levaria o tombo que tentei inutilmente de evitar.

 Agora vou responder à Culpa:

- Tenho quase certeza que se eu passasse próximo ao mendigo, não cairia. No entanto, eu já tive tombos muito piores sem estar me desviando de nada (ano passado eu tropecei na grama e caí feio sobre a calçada de pedras portuguesas). Desta vez saí no lucro: Ganhei pequenos arranhões que só incomodaram por dois dias; ganhei essa crônica para ilustrar o blog; e ainda tenho a oportunidade de mandar você (Culpa), publicamente, para a puta que pariu!

Abraços!
Bira.
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